Depois do fim da Arte
(reflexões sobre escritos de... a propósito de...)
Moderno/ Pós-Moderno/ Contemporâneo
Quase simultâneamente e sem conhecimento um do outro o historiador de arte alemão, Hans Belting (1935) e o filosofo e critico americano, Artur Danto (1924-2013) publicavam textos sobre o fim da Arte. Em textos dos anos sessenta Artur Danto havia já assinalado o fim da Arte, apesar disso continuou a fazer uma crítica radical da natureza da arte do nosso tempo.
Depois do fim da Arte apresenta a primeira reformulação, publicada nos anos oitenta, e mostra como por detrás do eclipse do expressionismo abstracto a Arte se tinha afastado irrevogavelmente do curso narrativo traçado por Vasari desde o Renascimento.
De modo que o que devemos fazer é sinalizar um novo caminho, para uma nova crítica, capaz de nos fazer entender a Arte nesta era pós-histórica.
Um tempo em que a crítica não é capaz de explicar a diferença entre uma obra de Andy Warhol, e o produto comercial em que ela se inspirou.
Se trata pois de esclarecer uma série de afirmações tão polémicas como consensuais, sobre um tema fundamental da estética e da filosofia de arte contemporâneas. Considerações sobre a Pop, ou "arte do povo", ou popular, sobre o futuro dos museus, e sobre a contribuição teórica de Clement Greenberg (1909-1994) que há muito escreveu uma crítica fundamentada sobre o expressionismo abstracto dos anos cinquenta.
A conclusão de que já não é possível aplicar as categorias tradicionais da estética à arte contemporânea, e que pelo contrário é necessário centrar -nos numa estética que possa trazer luz sobre a característica mais surpreendente da arte actual, a de que tudo é possível.