Este sumário explora a maneira como a teoria de arte formalista e o seu vocabulário podem ser usados na análise da composição e técnica das narrativas pictóricas da arte "abstracta". É consensual que as ideias desenvolvidas pelo formalismo ajudaram a racionalizar e a emancipar muitos artistas avant-garde (especialmente norte americanos, no quadro da guerra fria), e a afastá-los do paradigma naturalista que caracterizou a arte ocidental desde o Renascimento, Clement Greenberg (1909-1994) foi quem mais influenciou as ideias formalistas com o desenvolvimento da sua teoria do modernismo. Provavelmente o mais influente critico e teorizador de arte do século XX, O seu primeiro artigo surge na revista Partisan Review em 19310. nesta revista faz parte de um circulo de intelectuais Marxistas, depois durante dois é o editor. Foi critico também na The Nation a partir de 1940, foca-se em artigos de fundo e catálogos e ensaios e organiza exposições. Estende essa actividade aos anos cinquenta. em 1961 Art and Culture torna-se a sua publicação mais influente entre apoiantes e detractores das suas ideias. Um critico militante como Greenberg torna-se consultor de galerias.
A USIA (united states information agency) emite via rádio "modernist painting" como parte da "Voz da America" como um esforço para projectar a imagem da cultura livre americana no período do pós guerra ou seja guerra fria.
Greenberg vem a ser muito contestado pelominimalismo, ate conceptuyal e pela Pop, que saõ movimentos de arte que ultrapassam as fronteiras do modernismo. Durante os aos sessenta e setenta os estritos argumentos da sua teoria são contestados fortemente e a sua figura passa a ser hate-figure, até aos anos oitenta, onde volta a ser influente com a publicação da colecção de ensaios de 1986 e de novo em 1993. A seriedade da sua critica passa a ser de novo, sobretudo entre aquele que não pertenciam aos seus oponentes iniciais.
Assim o seu trabalho pode ser dividido em três fases ou períodos, inicial, maduro e final. No inicio as suas ideias expostas em "Avant-Garde and Kitch (1939) e "towards a Newer Laocoon (1940), seguido do período maduro em Moderniste Painting"(1960), e ainda "Afther Abstract Expressionism" (1962), por fim o ultimo período com "Bernmigton Seminars"(1971).
Apesar das evidencias em contrario o seu trabalho continua consistente, « Where Grennberg early work focused on the historical and social question of why modernism arose? and is nature work on the formal or artitic question of how it worked, his late work adresssed the asthetic theory underfinning this account».
O argumento da exploração sistemática e especificidade do medium da pintura, a sua superficie bidimensional, a recusa da perspectiva, a sua "orientation to flatness". Este foi o principio central que a arte do pós guerra, a americana abstract painting julgou ser o culminar duma distinta e superior tradição qualitativa herdeira do Renascimento.
Críticos do modernismo apontaram-lhe a sua recusa de esclarecer as bases exactas do seu julgamento estético e de gosto, em contraste com os caminhos mais politizados que outras narrativas pictóricas e não só, que artistas estéticas do século XX tinham seguido ou viriam a seguir na segunda metade do século.
A posição de Greenberg alterou-se entretanto, mas os seus comentadores notaram-lhe que a sua defesa da despolitização da arte abstracta espelhava sobretudo a hegemonia económica e social do pós guerra americano.
O Modernismo como teoria estética foi ultrapassado pelo advento e eventual dominância da não pintura como medium base, praticas conceptuais proliferam nos anos sessenta e setenta do século XX, e os pressupostos críticos de artistas valorizados por Greenberg foram largamente revistos.
O mundo fracturante e fragmentado da experiencial urbana nas grandes metrópoles, espelhado nesses novos movimentos contrariavam a simples representação pessoal do artista alheado do contexto., e questionavam também o autor como sujeito absoluto, num anunciar já do pós-modernismo.
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