quinta-feira, 24 de maio de 2018

"Um mundo a caminho da vitória"/ Marxismo, Arte e História de Arte

Neste sumário abordarei as ideias e terminologias Marxistas e considerei como podem ambas contribuir para a discussão acerca da relevância do Marxismo para a cultura visual contemporânea.
Por um lado  a natureza fragmentaria da visão de karl Marx acerca da Arte foi sempre problemática e galvanizou um discurso muito rico nas chamadas estéticas marxistas. No seu melhor as ideias marxistas sobre arte tem a ver sobretudo com a qualidade e relevância estética das inovações sociais introduzidas na teoria e pratica da arte pelos artistas (sociologia de arte). No seu pior ( e alguns negam a justificação para ligar as duas), excessivamente prescritivas as ideias de Marx iriam contra a inspiração livre e criavam  uma arte pouco interessante e kitch.
No entanto o legado das ideias marxistas é reconhecido na estética como parte duma reacção e dum compromisso pragmático, como uma necessidade politica.
Talvez as mais poderosas e eloquentes  ressonâncias estéticas tenham sido produzidas no seio da resistência acerca da tradicional clausura das determinações mais ortodoxas e pragmáticas da teoria Marxista. As varias intervenções associadas com a critica de Adorno e com as análises específicas  demonstradas por T.J. Clark, na sua sociologia de arte.
Em ambos os casos grandes nuances registadas no tratamento especifico do objecto de discussão, a relação entre o social e politico. Com Adorno pode ser a opaca natureza da arte no que ao significado diz respeito a sua recusa "mute resistance", em face da indústria cultural, o seu chamado poder redentor. Mas o legado maior e formativo da holística Marxista  foi a sua consciência e fé´na capacidade dos homens e mulheres poderem mudar as suas vidas reais.
Neste sentido talvez ainda tenhamos de esperar para ver uma nova estética e uma arte realmente Marxista.





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