Desde Renascença até ao séc. XIX, que no ocidente se desenvolviam progressivamente técnicas de captação de imagens "objectivas", quer dizer sem a subjectividade da mão-olho humanos. Imagens ilusórias mas convincentes, obtidas a partir da reflexão da luz dos objectos, câmera obscura, onde através do contorno do sinal traço, num processo de desenho era possível obter imagens de apreciável rigor, muito usado por vários artistas pintores.
Depois, (finais da década de 20 do séc. XIX), a partir da sensibilização com reagentes químicos numa superfície, surge um meio "revolucionário" de obter imagens, a fotografia.
O abastado inventor francês Joseph Nicéphore e o seu irmão Claude fizeram experiências com uma câmera escura e papel sensibilizado, com o objectivo de produzir imagens para uma prensa litográfica de ar quente, movida a motor, (note-se), que também era uma das suas invenções. Destas tentativas resultaram imagens de tonalidade invertida, a que hoje chamamos negativos, (isto antes da revolução, digital, onde o negativo se tornou RAW, ficheiro onde são guardadas, todas as definições captadas por um sensor de luz), ao ensaiar várias substâncias sensíveis à luz, descobriu um processo de obter impressões positivas a partir dos tais negativos. Mas a técnica era morosa e as imagens tinham pouca definição. Finalmente achou a solução a partir de um betume, solúvel em óleo de alfazema que se tornava insolúvel. Cobriu então uma chapa de peltre, com o betume e com uma gravura translúcida expôs a «sanduíche» à luz e lavou de seguida com óleo de alfazema. A àrea exposta à luz tornou-se insolúvel, enquanto a área oculta pelos traços da gravura foi eliminada. A imagem ainda era de tonalidade invertida, mas a chapa podia ser gravada a àgua forte de forma a obter uma imagem positiva. De seguida Niépce aplicou esta técnica a cenas de exterior captadas pela sua câmera.
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